sexta-feira, 24 de julho de 2009

MARANHÃO - O SUPER-MAN


A guerra declarada entre o Palácio da Redenção e a presidência da Assembleia Legislativa mantém-se com fatos novos, a cada dia.

Desde que assumiu o Governo do Estado, em 18 de fevereiro último, José Maranhão (PMDB) definiu Arthur Cunha Lima (PSDB) como seu alvo preferencial. E, aos poucos, vem procurando minar a gestão do primo de seu principal adversário político.

Último reduto do Grupo Cunha Lima, a direção da Assembleia Legislativa é um "calo" na vida do Maranhão III, principalmente porque institucionalmente é o Poder que poderá fazer a diferença numa eventual decisão do Supremo Tribunal Federal de decidir por eleições indiretas na Paraíba, a qualquer momento, acatando recurso do PSDB nacional contra a diplomação do atual governador no cargo.

Derrubar a verba social e agora cortar recursos preciosos do duodécimo da Casa são ações bem pensadas e que têm um objetivo claro: debilitar a gestão de Arthur na Assembleia. A sede de vingança do Maranhão III, contudo, pode esbarrar num aprofundamento de uma crise institucional que não se via na Paraíba desde o tempo de Tarcísio Burity e João Fernandes.

Que o embate político ocorra, é natural. O inaceitável é que, por vias oblíquas, questões sagradas à luz da Constituição como a independência e harmonia entre os poderes sejam atropeladas. Tudo isso pode até ser balela pra Maranhão. Já que, em sua avaliação, com o Judiciário devidamente adestrado por uma máquina de mimos via Diário Oficial, falta apenas mesmo a Assembleia se ajoelhar aos seus pés para que ele se consolide como senhor absoluto da Paraíba.


Usando a máquina

O chefe de gabinete do governador José Maranhão, Adriano Medeiros Bezerra Cavalcanti, está sendo acusado de abuso de poder em Bananeiras. Para recuperar o dinheiro de uma dívida, Bezerra acionou a polícia do Estado em favor de seus interesses pessoais.

Defensor público, Adriano Bezerra prestou queixa na delegacia de policia de Bananeiras contra Aldo Costa de Souza, mais conhecido como "Galego da Verdura". O Galego da Verdura, há cerca de dois anos, resolveu mudar de comércio e instalou um depósito de bebidas na cidade de Bananeiras, à rua Coronel Antonio Pessoa 388, Centro, adquirindo uma quantidade da Cachaça Rainha, de propriedade de Adriano Bezerra e outros familiares.

O comerciante deu em garantia um cheque no valor de R$ 2. 350,00. Para pagar esse cheque o Galego negociou o débito em três parcelas, tendo pago a primeira de R$ 900,00, a segunda de R$ 600,00 e deixando de pagar a terceira, no valor de R$ 850,00. Ocorre que, enquanto o Galego foi correligionário de Adriano Bezerra, o defensor público não cobrou a dívida. Deixou para fazê-lo agora, quando assume cargo de destaque e de poder no gabinete do Maranhão III. Constrangido publicamente, o Galego da Verdura foi surpreendido com a intimação da autoridade policial e compareceu à Delegacia, onde foi informado que deveria pagar sua divida, do contrário seria processado por estelionato, em função do cheque não haver sido honrado.

Galego conta que relatou suas dificuldades financeiras e propôs pagar o restante da dívida em prestações mensais, estando no aguardo de uma decisão do proprietário do Engenho Goiamunduba. Ressentido, mas estranhando que essa autoridade do Governo tenha se utilizado da policia para receber sua divida pela venda de cachaça.

Ego-Vita

Ocupando atualmente a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, o advogado Roosevelt Vita já trabalha com unhas e dentes para emplacar o melhor nome para a vaga surgida na Casa Civil: ele mesmo!


Fritando Gervasinho

Gervásio Maia Filho (PMDB) que se cuide.

Os colegas Carlos Batinga (PSB) e Raniery Paulino (PMDB) trabalham duro, nos bastidores, para minar sua liderança do Governo.

Com um déficit de solidariedade do líder dentro da própria bancada, eles até que têm avançado bem no processo de fritura de Gervasinho.

E tem parlamentar se oferecendo para aumentar a corrente "derruba-LO.




Por: Marcos Alfredo

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