“Sem sombra de dúvida a baixa escolaridade terá o efeito negativo para a escolha dos candidatos. Mas não podemos colocar a culpa apenas no eleitor analfabeto, quando o que tem formação não faz nada para mudar o sistema, para cobrar, reivindicar para que esta situação caótica seja revista”, comentou o professor.
Ítalo Fittipaldi destacou que a pior ignorância, que vem trazendo sérios prejuízos não só à Paraíba, mas para todo o país, é a dos analfabetos políticos. “Essas pessoas tinham condições de atuar no sentido de mudar todo esse sistema, a partir do momento que fizessem um acompanhamento da atuação dos políticos, reivindicasse, cobrassem, sugerissem, exercessem realmente uma espécie de controle, o que não ocorre”, afirmou.
Além disso, teorias que tratam do voto geralmente alertam para a racionalidade do eleitor independente do seu estado sócio-econômico. Segundo os especialistas eleitores vão ter sempre escolhas baseadas no contexto de informação que eles possuem. Isso quer dizer que a escolaridade é um algo mais, mas não é determinante.
A preocupação com o elevado índice de eleitores analfabetos na Paraíba não se dá apenas por parte de especialistas, cientistas políticos, mas até da própria classe política. A posição da Paraíba no ranking de eleitores analfabetos levou o deputado estadual Guilherme Almeida (PSB), apresentar requerimento na Assembleia Legislativa da Paraíba com apelo ao Governo do Estado e ao secretário de educação, no sentido de tomar providência para realização de um programa de alfabetização destinados aos eleitores.
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