domingo, 5 de julho de 2009

O caso Maranhão: A gestão sem Rumo - MUNICIPIOS


Gestão pública não é o mesmo que jogo de xadrez onde se percebe a mudança de postura após uma simples jogada. Mas também não se pode dar ao luxo de esgotar todo o tempo do mundo sem dar o mínimo de resultados.Pois bem. Prefeitos de 223 municípios da Paraíba chegaram, na semana passada, ao segundo semestre da gestão 2009/2012. Uns reeleitos e outros no primeiro mandato. Todos, no entanto, sabendo que só garantiram, por meio das urnas, quatro anos de gestão. Pergunta-se: o que cada um deles fez até agora?A resposta é simples. Um: chorar a queda do FPM. Dois: dizer que não tem dinheiro pra nada. Qual a novidade nisso? Nenhuma.






Todos os prefeitos foram eleitos sabendo das dificuldades econômicas de suas prefeituras. Mas mesmo assim mexeram “mundos e fundos” para ganhar a eleição. Ora, se era tão ruim porque tivemos mais de 500 candidatos a prefeito nas eleições passadas?A discussão do FPM, em que pese o comprometimento com a queda na arrecadação por causa das medidas anti crise, é tão longa quanto a BR-230. Não por menos a marcha anual dos prefeitos a Brasília por aumento do FPM já vai na Décima Segunda edição. Ou seja, mesmo se não houvesse a crise, estes mesmos prefeitos estariam chorando a queda das receitas. E isso, caros amigos, é muito pouco.Pra chorar, não teríamos votado em prefeitos. Mas sim em viúvas.




O que está faltando, e é o que pouco se viu neste primeiro semestre, são iniciativas criativas que pudessem fazer com que a gestão pública municipal driblasse um pouco a crise e deixasse a choradeira do FPM. Que é real. Tudo bem. Mas que não pode cegar os gestores.Coisas como fortalecer o consórcio entre as prefeituras, por exemplo. Uma vez que se cada uma prefeitura juntar o pouco de dinheiro que tem pode transformar a vida de seus concidadãos com apoio das cidades vizinhas.ais ou menos o que deputado Quinto de Santa Rita sugeriu ao recomendar consórcio para que as prefeituras de Santa Rita, Sapé e Cruz do Espírito Santo se juntassem em bancassem, sem ajuda do Estado, a reconstrução da Ponte da Batalha, por onde se escoa toda produção de abacaxi e cana de açúcar da região. Ou o que foi feito pelo prefeito Fábio Tyrone, de Sousa, que reduziu de R$ 600 mil para R$ 40 mil gasto com gabinete do prefeito a fim de sobrar mais dinheiro de investimento.




Enfim, são raríssimas as medidas criativas adotadas pelos prefeitos paraibanos durante todo o primeiro semestre.Durante todo o tempo eles só pensaram em se lamentar. E, dificilmente, alguém pensa chorando. Espera-se que o segundo semestre seja mais criativo em termos de gestão pública municipal.Afinal, ninguém foi eleito na Paraíba em 2008 pensando em administrar Toronto, Vancouver ou Montreal.Gelo por conta do erárioOs seguranças do governador José Maranhão são homens de extrema frieza. Não por menos passaram mais de três horas com uma caminhonete Sw4, de placa MOW-4521, ligada em frente à Blunele Recepções, neste sábado, desfrutando do ar-condicionado enquanto o chefe não saía do evento.Deputado sim, eleitor nãoO deputado Verissinho (PMDB) promoveu o maior tumultou em Pombal nesta final de semana depois que descobriu estar inapto como eleitor ao tentar votar na eleição do Conselho Tutelar da cidade. Deu rebu grande.Anote aíA oposição na Assembléia tem minoria para derrubar o pedido de empréstimo esta semana.



Mas podem dar um nó na Comissão de Constituição e Justiça. Isso porque a oposição é maioria na CCJ e se o empréstimo chegar com parecer desfavorável da Comissão no plenário Maranhão vai precisar de 22 votos para derrubá-lo. Jogada de mestres.

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