domingo, 2 de agosto de 2009

A triste história do retirante "MANAIRENSE"


A mal formação que o estado propiciona a seus súditos (subordinados), o caráter medíocre e impertinente dos administradores, a dissimulação, a falta de honestidade com o povo, o medo de enfrentá-lo cara a cara nas displinas da vida acarreta na perda de nossos irmãos pelo mundo a fora, pois esses vão em busca de melhores condiçõe de vida (alguns com sonhos concretos: comprar uma casa, uma morte ou até casar), outros por lá mesmo ficam e acreditam que voltar para a sua terra natal o fará um ser inferior e sem grandes perspectivas por causa da frustação do passado e do medo da volta. Adiante a vergonha de tê fracassado aos olhos dos amigos, porquanto o que era sabido no seu passado era prosperar e demonstrar-se um ser que buscou a auto-superação, em um mundo que só quem vive a dura realidade saberá expressá-la. Por isso fico aquém de querer descrever esses guerreiros, e muito menos indeterminado em saber o quanto eles lutam, enegrecem, choram por saber que a vida está diante de seus olhos; mas tão distante de seu mundo. Poderíamos colocar uma série de causas, de circunstâncias que corroboram para justificam a migração dessas pessoas. Contudo que essas pessoas sejam o maior orgulho de nossa cidade também, digo assim também quanto ao agricultor, ao homem de nossa terra, ao estudante, e não só aos que migram para outro estado, notadamente para estados do SUDESTE (SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, MINHAS GERAIS). Portanto, querer descrevê-los só vivendo a dura realidade que é pegar em um facão, sair às 4 da madrugada, enfrentar o frio e além disso viver a servidão do patrão. Dói saber que por desperdício do recurso público e por uma política do uso e do mal-trato, só criamos em nossa sociedade pessoas que depois arcam com tudo isso; seja sofrendo, seja na morte. E nós seres humanos, continuamos cada vez mais desumanos. Basta olhar a nosso lado, e estes são fáceis de se observar. Veja a nossa educação! As pessoas que nos representam! Os nossos educadores! A nossa igreja! Onde não se encontra o nosso pior inimigo? - Onde não há seres humanos; ou seja, onde não há vida.




Foi isso que acontecera na semana passada, desculpe o atraso da postagem, com um de nossos filhos da terra; o jovem Elton, de dezoito anos. Era este do sítio olho d`àgua, próximo do pelo sinal.



Quantos ainda vão ficar na beira da morte?


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