quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A EDUCAÇÃO É ESSENCIAL E É INSUBSTITUÍVEL

 
A educação é essencial e é insubstituível



Brandão quer discutir aqui o potencial que a educação teve e tem nas relações humanas. Isto é, nas práticas culturais da sociedade. Mas também quer observar o sentido da educação para a vida dentro de suas relações e visões de mundo. É o que Brandão nos apresenta quando trata dos conceitos engendrados dentro da sociedade, e que só através de uma educação ativa se exterioriza no mundo do homem civilizado. Porquanto,


Em todas as suas dimensões e em seus múltiplos significados, palavras como desenvolvimento, justiça, igualdade, liberdade, consciência, criatividade, liberdade, partilha e solidariedade, na verdade só podem ser ou vir a ser uma realidade humana, depois de passarem pelo trabalho do educador. Porque a educação é a principal realizadora da formação de pessoas humanas como tipos desejados de atores sociais.” ( BRANDÃO, 2002, p. 188 ).

Assim, a educação será sempre vivida por outras pessoas ( crianças, adolescentes, jovens, adultos etc. ), dentro de um espaço mais amplo e coletivo. Estas pessoas poderão reviver as antigas experiências como mediadores de uma nova geração. Dessa forma, os assuntos abordados terão um espaço mais voltado para o exercício reflexivo, que mais atende às múltiplas façanhas da vida e o viver com liberdade, no sentido de se prezar por atos de benevolência dentro da sociedade.

Brandão quer alertar que o papel da educação é tornar transparentes os conceitos existentes na sociedade – a justiça, a liberdade, a igualdade. Embora que em si mesma ela não se afirme na validade destes conceitos; pois, dentro de um contexto social, ela só pode atuar com esclarecedora de qualquer valor, e não como responsável pela prática destes valores. Isto é, “Sozinha ela não faz coisa alguma, mas sem ela socialmente não se faz nada.” Com este caráter, de co-responsável pelas interações humanas, a educação adquire o status de uma gramática, isto é, as pessoas se entendem segundo suas regras dentro de um contexto. Se bem que os conhecimentos possuídos pelas pessoas foram estabelecidos por gerações que buscavam uma vida melhor em sociedade, com mais responsabilidade, justiça, igualdade etc. Estas pessoas estavam destinadas, segundo Brandão, à realização plena da vida e da felicidade estendida a todos os seres humanos.

Para exemplificar esta prática da educação, isto é, a sua plena realização dentro da sociedade, Brandão usa a metáfora do construtor de usinas, de represas; que os rios da terra dobram ou multiplicam o seu poder de transformar as suas águas em forma de energia. No entanto, no entendimento de Brandão nada disso se compara com a educação em sua realização social, pois se há uma ponte de energia essencial ao desenvolvimento e à transformação, ela deve está no interior das pessoas. “O seu fator de mobilidade é o conhecimento e o seu veículo é a Educação.”

Gilberto Dilo 


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