quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MARANHÃO CONTRA RICARDO E CÁSSIO: ELES DISCUTEM, MAS NÃO BRIGAM





Como era de se esperar: o ano de 2010 reserva grandes controvérsias na política do estado. Uma delas é a indefinição entre os candidatos a chapa majoritária ao governo do estado; outra é a precaução que cada político está tendo em busca de aliados - do sertão ao litoral.


Não custa colocar que tanto a candidatura do Governador Maranhão, quanto a do prefeito da Capital, Ricardo Coutinho, acontece de forma contundente e ameaçadora. Um diz que faz muito em pouco tempo e com poucos recursos, oriundos talvez das próprias receitas do município, é o caso do farmacêutico Ricardo; o outro tem como lema: o trabalho.


Destaca-se nas prévias destas candidaturas homens que mais estão comprometidos com os seus discursos em abandono a própria legitimidade política do Estado. Ricardo Coutinho deixara o seu bom e fiel companheiro Maranhão pelo anseio de ir ao palácio. Em troca disso, aliou-se ao ex-governador Cássio; mas em contrapartida vem perdendo o apoio de dissidentes do PSB em todo estado. É o caso de alguns secretários, e até de antigos companheiros do tempo de levante; isto é, dos movimentos de guerra, então anunciados pelas ruas de João Pessoa contra a classe empresarial e os próprios setores públicos.


Maranhão esta semana no sertão da Paraíba, mais especificamente na cidade de Poço José de Moura , alertou ao público daquela cidade que o ex-governador cassado Cássio Cunha Lima, “só promete”. É como as máximas cristãs do catolicismo ortodoxo. Basta prometer ao povo, e ele, por conseguinte, sente-se na certeza da vitória e de dever cumprido. Não fosse só isso; Maranhão quer responder as duras críticas de Cássio, concedida a imprensa local esta semana, como também quer alertar ao povo, ao menos de forma interessada, de que os seus opositores mais falam do que cumprem.


Nem se começou o ano, e todos agentes políticos estão à procura de aliados. Até quem se diz patriota quer neste intróito de ano, fazer parte de outras tribos: acontece em todos anos de política a separação e a união entre a mesma classe política, embora arcaica, ela ainda mostra-se bastante forte no estado da Paraíba. Esta é a política do interesse, da mentira e DA imoralidade. Maranhão e Ricardo não fogem a esta regra.

Gilberto Dilo

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