Gilbert Dillo: Informando com Precisão & QUALIDADE
Morena, não. Eu sou negra!
A população da Paraíba é formada po 63.3% de negra/os, segundo informações do PNAD 2007. Porém, a presença de negras e negros em espaço como universidades, mercado de trabalho, parlamentos e órgãos públicos não reflete esta realidade.
Discutir desigualdades raciais na maioria das vezes gera constrangimentos e reações contrárias, pois implica admitir a existência do racismo na sociedade brasileira. Pesquisa de opinião realizada pela Fundação Perseu Abramo, revela que 87% dos brasileiros/as reconhecem que há racismo no Brasil. Curiosamente, 96% não se assumem como racistas.
Reconhecer a existência do racismo é o primeiro passo para o enfrentamento das diversas formas de discriminação vividas pela população negra e para a promoção da igualdade racial.
Para tanto, na tentativa de reverter esse quadro a Bamidelê - Organização de Mulheres Negras Na Paraíba realiza a Campanha de Promoção da identidade Negra para:
- Afirmar a Identidade negra e elevar a auto-estima desta população;
- Sensibilizar negras-os para se reconhecerem e afirmarem sua negritude;
- Visibilizar a impotância da contribuição da população negra para sociedade paraibabana;
- Contribuir para a superação do racismo em nossa sociedade;
- Ampliar o debate sobre as relações raciais e a necessidade de políticas públicas que promovam a igualdade racial.
Dentre essas questões, quanto a promoção negra no Estado brasileiro, surgem diversas questões:
- Como viabilizar uma classe (negra, branca, parda), em detrimento de outra, isto é, o que é necessário para promoção de uma determinada classe, torna-se repressivo no próprio ato de buscar a ascensão e o reconhecimento entre toda a humanidade. Pois, o reconhecimento de um indivíduo por cor, raça, estamento, posição econômica, perdura-se sob o sinal de uma luta, em muitos casos frustada, dado que a igualdade de direito, é uma mera soma de resultados estatísticos.
- Ser fiel a essa luta parte-se do objetivo de colocar-se no lugar do "outro", que é a si mesmo, e não no princípio motor que rege tal conduta.
- A busca por princípios igualitários constrange a própria lógica biológica.
- Em suma, guia-se por movimentos sociais, por objetivos singulares, quer seja o reconhecimento de identidade, a independência, a liberdade de expressão pressupõe algo já desigual.
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