terça-feira, 3 de novembro de 2009

O PROBLEMA DA SECA: MIGRAÇÃO DO SERTÃO AO LITORAL



 Gilbert Dillo: Informando com Precisão & QUALIDADE


Calor intenso nos próximos meses, migração crescente


Calor intenso, terras sem condições de cultivo, baixa oferta de emprego na agricultura e paraibanos saindo das cidades de origem em busca de melhor qualidade de vida. 

A perspectiva é que muitos paraibanos, e também vários sertanejos de outros lugares do nordeste, migrem depois do fim do ano em busca de melhores condições de vida. Aponta a pesquisa realizada pela universidade de Minas Gerais, a UFMG.


O panorama dramático está previsto no estudo “Mudanças Climáticas, Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste – 2000-2050”, elaborado pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Fundação Oswaldo Cruz. Este pesquisa revela que, se os prognósticos forem, decerto, confirmados, a região metropolitana de João Pessoa será a segunda do Nordeste onde mais serão sentidas as mudanças no clima em relação aos níveis de migração nos próximos 40 anos. Isso contrariando a premissa de que o maior contingente de pessoas que migram, sejam de fato, do sertão paraibano.


Por conta das alterações climáticas, a agricultura vai ser afetada e parte da população deve procurar abrigo em áreas menos afetadas do país. A análise mostra que entre os municípios nordestinos com mais de 250 mil pessoas, Campina Grande lidera no prognóstico de maior perda no número absoluto de habitantes, seguida pela cidade pernambucana de Caruaru. O estudo mostra que os municípios mais dependentes do setor agropecuário serão os mais prejudicados com a migração resultante dos efeitos das elevadas temperaturas. Nesses dois casos (Campina e Caruaru) a perda da população pode ter como causa o impacto das modificações no clima em municípios vizinhos e nas economias estaduais.



Fonte: Jornal da Serra, com Adaptação de Gilbert Dillo

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