Acredito que Manaíra-PB nunca fora tão noticiada na mídia em sua história, seja ela eletrônica, através da internet, seja através de canais de comunicação como o rádio ou a televisão. Isto tudo é fruto de uma conquista do povo que apenas está começando, e se seguindo por todos os setores. Que isso não pare, e siga avante, companheiros.
A população da cidade de Manaíra no Alto Sertão do Estado (distante 480 quilômetros da Capital) está indignada com mais uma arbitrariedade do atual prefeito José Simão de Sousa (PP) e que vai de encontro aos princípios da democracia e do interesse público. Semana passada, ele apresentou e a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei que obriga os moradores a pagarem a energia consumida pelo município que é obrigação do Executivo Municipal.
Dos nove vereadores, dois votaram contra a matéria, seis a favor e um não estava presente a sessão. Os parlamentares que não concordaram com o projeto foram Paulo Cabral e Tiago Rabelo Alves, enquanto que os vereadores, Luis Tavares Diniz, Marcondes Diniz Simão, Cleide Simão, Luiz Gonzaga Firmino, Damião João Simão e Cleonice Martins votaram a favor do prefeito e o vereador João Biral só não votou a favor porque que não estava presente a sessão.
Pelo projeto de autoria do prefeito, os moradores que consumirem até 80KW de energia elétrica mensal terão que pagar 4% da taxa de iluminação pública. “A maioria das pessoas não tem salário fixo, sobrevivem graças aos programas sociais do Governo Federal e dos alimentos que tiram da agricultura e agora estão sendo obrigadas pelo prefeito a pagar mais um tributo”, desabafou o vereador Paulo Cabral do (PSDB).
De acordo com os dois vereadores da oposição, a aprovação do projeto de autoria do executivo municipal é uma retaliação aos requerimentos apresentados por eles e que solicitam melhorias para a população de Manaíra a exemplo da implantação do piso salarial dos professores e da construção de um canil público, devido ao grande número de cachorros doentes andando pelas ruas e com isso trazendo riscos a saúde da população.
Como são minoria na Câmara Municipal e com isso não têm forças para lutar contra os desmandos do prefeito José Simão de Sousa, os vereadores Paulo Cabral e Tiago Rabelo estão recorrendo ao Ministério Público que já determinou, entre outras coisas, a abertura da Câmara Municipal e que a presidente Cleide Simão elabore um cronograma de sessões. “Mesmo com três funcionários efetivos, a sede do Poder Legislativo só é aberta para votar matérias de interesse do prefeito”, afirmou o vereador Paulo Cabral.
Ele disse também que a oposição não direito nem mesmo a ver os balancetes, as notas fiscais, as licitações, as concorrências públicas e outros documentos de interesse da população manairense. “A obrigação do Poder Legislativo é, entre outras coisas, fiscalizar o Executivo, mas infelizmente isso não acontece em Manaíra porque somos minoria, mas não vamos nos entregar e continuaremos lutando em prol do nosso povo tão sofrido e tão humilhado pela atual administração municipal”, garantiu o vereador.
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