terça-feira, 16 de março de 2010

MORADORES DE SANTA C. DA B. VERDE ESQUECEM O MEDO E VOLTAM À PRAÇA PÚBLICA

Depois de muitos anos de clima violento em Santa Cruz da Baixa Verde, isto é, nos idos da década de 90 esta região do pernambuco, juntamente com as suas fronteiras, Manaíra, Triunfo e Serra Talhada, passavam por um período de extremo perigo, onde a ignorância de alguns cidadãos resultava em mortes, e homicídios em massa. Consta também que havia as revanches entre algumas famílias da região, e mortes encomendadas por políticos.

Por esses motivos, a população de Santa Cruz da Baixa Verde viu-se na necessidade de trancar-se em  casa; a ponto dela privar-se de sua própria liberdade. Algo que era salvaguardado pela lei. No entanto, nem mesmo o forte policiamento pelas ruas da cidade fez com que os santa cruzenses voltassem a viver em uma cidade que reinasse à paz, às festas lúdicas e bom senso entre os “brigões.”

Nesse hemisfério de brigas e revoltas, engendrou-se nesta cidade o medo, à tensão, à falta de confiança, e, sobretudo, a revolta daqueles que viviam sempre com o desejo de uma vida sem ameaças, sem violência, sem revanchismo.

Foi neste clima de superação, neste clima de que é necessário voltar a viver com alegria;  sem o “medo inconsciente”, que a população de Santa Cruz da Baixa Verde voltou a freqüentar à praça pública, a lotar os bares da cidade e danceterias. Tudo isso fruto de uma nova estrutura, de nova vida que recomeça na população de Santa Cruz da Baixa Verde. Como de forma exaltada e alegre, coloca o amigo Givanilson:


“Depois de vários anos com finais de semana apáticos os santa-cruzenses novamente voltam a viver os agitados dias de lazer que contagiou as gerações dos anos oitenta e noventa. Com a reforma das praças a nossa cidade volta aos velhos tempos de movimentação constante nos finais de semana.O movimento visto desde o final do ano nos bares ao redor da Praça do Chafariz nos trás a lembrança dos antigos e animados mungunzás dançantes, bingos do galeto assado e noites de serestas que movimentavam a velha praça e boates locais. Agora, a nova mania é sentar com os amigos ao redor de uma mesa ao “som do barzinho” ou curtir as animadas baladas com telão e até mesmo DJ’s na danceteria da cidade. A nova curtição começa a se desdobrar na tarde e noite do sábado, se repetindo também no domingo. O público participante é da própria localidade e cidades vizinhas.”


Fotos /Givanilson:




Gilberto Dilo

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