segunda-feira, 22 de março de 2010

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA DO PREFEITO E PRÉ-CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO, RICARDO COUTINHO, NO QUE DIZ RESPEITO A PESQUISA VOX POPULI


O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), comentou neste domingo (21), com exclusividade ao MAISPB, o resultado da pesquisa Vox Populi, divulgada pelo jornal correio da Paraíba.

A vantagem de 12 pontos percentuais a favor o governador José Maranhão (PMDB) não esmorece o pré-candidato socialista. "Se eu tivesse com apenas 15%, sem ter esquemas, eu estaria dando pulos de alegria", minimizou Ricardo.

Coutinho se mostrou tranquilo porque, segundo ele, acredita e tem percebido o sentimento de mudança na população paraibana.

Ele fez questão de ressaltar que não comenta nenhuma pesquisa, "seja as verdadeiras ou mentirosas", porque ainda não assumiu a condição de pré-candidato por ter compromisso com a Prefeitura da capital paraibana.

Ricardo aproveitou o mote para acusar o governador José Maranhão de estar em campanha política desde fevereiro de 2009, quando o peemedebista assumiu o Governo da Paraíba.

"É um governo crack em propaganda, mas muito ruim de apresentar resultados concretos", espinafrou o prefeito de João Pessoa, depois de participar do debate do Comitê Multipartidário das Mulheres, no hotel Netuanah, na praia do Cabo Branco, com a presença da deputada federal Luiza Erundina (PSB).



Confira a entrevista na íntegra.



MAISPB - Qual análise sobre a pesquisa Vox Populi?

RICARDO - Só vou discutir pesquisa quando eu estiver em campanha, as falsas e as verdadeiras. Agora eu não estou em campanha porque eu tenho um compromisso com a Prefeitura de João Pessoa. Quando eu estiver em campanha eu vou começar a debater as coerências e incoerências das pesquisas. Se eu chegasse numa pré-candidatura com 15%, eu que não tenho esquemas, pra mim seria extremamente importante, porque todo mundo sabe nossa capacidade de crescimento e o sentimento de mudança. Não dá pra continuar na estagnação. Estou muito satisfeito com o que eu estou vendo por aí.


MAISPB - Esses números não lhe esmorecem?

RICARDO - Em absolulto. Se eu chegasse pra iniciar uma campanha como iniciei em 2004 com 8% em abril, eu disse que nós iríamos ganhar a eleição. É isso mesmo nossas campanhas foram ascendentes, diferentemente do outro lado que forja um determinado patamar e depois começa a cair porque não tem mais o que dizer. Vai dizer que vai fazer agora o que não fez em 10 anos. E quando uma pré-candidatura sai da capital e consegue fazer todos esses diálogos e mudanças operadas...Você percebe isso quando a oposição não tem o que dizer. Eu estou muito feliz. O cenário de hoje é muito melhor do que em 2004. A Paraíba está se preparando para construir uma vitória memorável das oposições. Eu tenho esse sentimento muito forte e não é sentimento de torcida. É uma visão analítica. Análise que leva em conta rejeições...


MAISPB - É análise da rejeição que lhe leva a entender que o senhor pode crescer?

RICARDO - Indiscutivelmente. Eu sou o candidato dentro do Estado que consegue aliar o discurso da prática. Essa é a coisa mais difícil na política. Enquanto as oposições só têm o discurso, mas eu tive a felicidade de governar uma cidade desse tamanho, implementar mudanças e políticas públicas e continuar mantendo a coerência do discurso. Nenhuma outra candidatura nessa disputa tem essa condição.


MAISPB - O senhor disse que não está em campanha. O senhor quer dizer que o governador está?

RICARDO - Claro. Desde o dia 19 de fevereiro do ano passado. Campanha com recurso público. Diárias com recursos públicos. Publicidade nitidamente eleitoreira. Isso afronta a inteligência das pessoas. Mesmo agindo dessa forma não consegue crescer. Qual foi o governo que investiu mais de 20 milhões em dois meses e que ficava nesse patamar que o atual governo está? Não existe na história nenhum governo nessa situação. Qual foi o governo que ofereceu secretarias e foram rejeitadas? Efetivamente é um governo que não gera expectativa de poder porque não consegue gerar nada de novo. A Paraíba não pode permanecer nesse quadro caótico de políticas públicas. Não podemos estar no século XXI num estado autoritário.


MAISPB - E os resultados dessas pesquisas não geram uma perspetiva de poder?

RICARDO - É uma tentativa de construir um desânimo para quem me apóia. Mas não consegue dizer que estou caindo. Nem as pesquisas do Correio conseguem me colocar pra baixo. Pra mim é um dado extremamente importate. Nós temos uma avaliação clara que se temos uma rejeição baixa e uma aceitação, para quem dizia que eu não passava da ponte do Rio Sanhauã. Eu acho que vamos ter uma grande campanha, sem entrar no mérito de quem é certo ou errado, mas de comparar práticas políticas e confrontação de idéias.


MAISPB - Alguns maranhistas insinuam que o senhor pode desistir de disputar o Governo. Qual o seu recado?

RICARDO - Eu convido eles para o dia 31 d março na Estação Ciência, onde vamos estar fazendo a celebração de companheiros e companheiras, onde eu abraço Luciano Agra e reafirmo uma necessidade muito forte da Paraíba. Se eu fosse pensar em mim, eu ficaria na Prefeitura, que está equilibrada. Luciano Agra vai cansar de inaugurar obras, trazendo felicidade para as pessoas. Nós não somos uma ilha. Quando João Pessoa constrói 5 mil casas, as pessoas da Paraíba migram. É preciso um Estado que construa 40 mil casas para permitir que as pessoas morem nas suas cidades de origem. O Estado não faz sua parte. É crack em propaganda, mas é muito ruim de apresentar resultados concretos. Essa percepção nos faz crer que está na hora de construir um novo projeto para a Paraíba. Se eu chegasse com 12% numa pré-campanha, eu estaria dando pulos de alegria. Os adversários sabem disso, tanto que ficam tentando criar factóides.



MAISPB

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