Caba de Palavra
Partidos e corações partidos.
A mesma ilusão,
A mesma redação,
o mesmo boiadeiro,
a canção e o sanfoneiro,
a dança para quem?
A eleição de ninguém.
A votação:
Pronto, “caba” macho!
Agora estendo à mão,
E o político, homem duro
“caba” de palavra,
cabeça de Burro;
Homem de promessas.
E as conversas?
Para quem?
A ninguém.
E as promessas?
Para quem?
A ninguém.
E o jejum, e as greves de rezas?
Ao “povo”,
é pra lá que o homem político
acha que besta ali tem.
Político, homem-burro
só acredita “quem”;
É “Zé Ninguém”.
“Caba macho”,
homem baixo;
levanta à cabeça
que o pior já passou:
A seca e a fome.
Agora é rezar pra crer
e ser sem nome.
Oh, Zé ninguém!
Autor: Gilberto Dilo
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