A questão que envolve diversos líderes religiosos, ou então os seguidores das igrejas evangélicas na Paraíba, segue em ritmo de uma verdadeira batalha entre facções, onde o voto dos fieis (bestializados através da doutrinação), é compensado mediante uma grandiosa luta de "homens evangelizados e políticos".
Os antigos cultos que celebravam a vida após a morte, que celebravam a submissão de um povo, que condicionavam as pessoas a agirem segundo a moral bíblica, hoje na Paraíba, são substituídos pelos cultos da Esperança, da Fé, e, por conseguinte, pela segurança de “uma vida melhor”. Aqueles que antes pregavam à justiça, o amor, à paz e à fraternidade, agora pregam por uma vida econômica estável, por um padrão, de vida, Oxalá, semelhante a Edir Macedo, além de “glória na sua vida”. Este desígnio, dos evangelizadores da terra, nas palavras de Paulo, foi dado aos candidatos políticos. Algo que o próprio Cristo condenava com louvor. Assim, Paulo esclarece:
“As falsas doutrinas e os falsos cristãos "Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes.Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Evita, igualmente os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior.Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor".”
Os falsos cristãos na Paraíba, glorificam em nome de uma Fé, em nome de uma moral miraculosa e sacra. Em nome de seus interesses. Já os fieis absoletos, inflamáveis e tristes, seguem os discursos políticos na Paraíba; proclamando à vitória da plebe, a vitória dos bárbaros, a vitória da servidão. No entanto, nisso tudo, a plebe, que não crer, peca; a plebe que se submete e “vota”, será chamada ao Paraíso. Vocês não enxergam isso, santos homens, rebanhos das igrejas, homens míseros? Será a Fé tão insignificante, porque os homens crêem tanto na mentira, que a misericórdia só é dada àqueles que sabem honrar e jurar perante um Deus que só vive de promessa, isto é, o pastor, o político? Saberão um dia os crentes também pecar?
Gilberto Dilo
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